sexta-feira, 20 de maio de 2016

LIMITE URBANO DA VILA DE PONTE NOVA EM 1866


TRANSCRIÇÃO DIPLOMÁTICA DE DOCUMENTO HISTÓRICO MANUSCRITO

Documento: Ata da Seção Ordinária de 9 de novembro de 1866
Instituição custodiadora: Arquivo Público Municipal de Ponte Nova
Notação: Livro de Atas da Câmara Municipal de Ponte Nova
Fundo Câmara Municipal de Ponte Nova - CAM/AC-01  -  Fls. 129v-130v
Data do documento: 9 de novembro de 1866
Transcritor: José Geraldo Begname.
Observações:
a)      a grafia, as abreviaturas e os sinais de pontuação foram mantidos como no original.
b)     as palavras sublinhadas, entre colchetes, foram acrescentadas pelo transcritor.


TRANSCRIÇÃO


[fl. 129v]

Sza e Sa [rubrica constante à margem superior direita]

SeSsão ordinaria de 9 de 9bro. de 1866
Presidencia do Sñr1. Dor Teixra da Sa
O Secro. LL Lessa
Aos nove dias do mes de Novembro de 1866,
nesta Villa da Ponte Nova em o Paço da
Camara comparecerão os Senhores Vereadores
Dor. Teixeira da Sa., Presidente, Ferreira, Fons-
ceca, Godoy e ASsis Castro o Sñr. Presidente abrio
a seSsão. (...)
[fl. 130]
(...) Por indicação do Sñr. Vereador
Fonsceca a Camara resolveo marcar os limites
desta Villa pela maneira seguinte. Ficão os
limites desta Villa da Ponte Nova sendo;
no fim da Rua da Praia no lugar onde existio
uma Porteira, e que desta Villa parte para a fazenda
do Engenho toda margem esquerda do Rio Piran-
[fl. 130v]
Piranga fica considerada fora dos limites desta
Villa; e aSsim os terrenos que ficão alem das Portei-
ras do alto da Rua da Olaria, e da que existe
na margem do vauaSsú no lugar denominado
Juca do Morro = ou Olaria de baixo, = e no fim da
Rua dos Ourives o terreno que fica alem da caza do
Advogado Jozé Joaquim Campos no lugar denomina-
do = Pau dalho = . Tambem ficão considerada fora do
limites desta Villa toda a margem direita do Rio vau-
aSsú, que fica da Ponte para cima. E não ha-
vendo mais o que tractar-se o Sñr. Presidente le-
vantou a seSsão, e marcou a seSsão do dia se-
guinte para as nove horas da manhã; e para
constar mandou lavrar a presente acta, que sen-
do posta em discuSsão, Por indicação do Sñr Ve-
reador Ferreira resolveo-se que foSse fixado o limite
da Villa pelo NO3 o Rio VauaSsú; do que para cons-
tar se fez a presente emenda, que sendo discutida
foi approvada a presente acta. Eu Lucindo La-
zaro LeSsa, Secretario que a escrevi.

O Preside Teixra. da Sa., Ferra. = Godoy = Fonseca
ASsis Castro"
______________
Notas do Tanscritor:
1-      O sinal sobre a letra “n” indica son de nasalação.
2-      O uso de um “S” maiúsculo em palavras escritas com “ss” é uma técnica de transcrição que visa indicar ao leitor o uso de “s” caldado pelo redator, ou seja, o uso de um “s” com calda longa que desce muito abaixo da linha.
3-      Sentido noroeste.


quinta-feira, 19 de maio de 2016

ATA DA SEÇÃO DE INSTALAÇÃO DA VILA DE PONTE NOVA


TRANSCRIÇÃO DIPLOMÁTICA DE DOCUMENTO HISTÓRICO MANUSCRITO

Documento: Ata da Seção de Instalação da Vila de Ponte Nova
Instituição custodiadora: Arquivo Público Municipal de Ponte Nova
Notação: Livro de Atas da Câmara Municipal de Ponte Nova
Fundo Câmara Municipal de Ponte Nova - CAM/AC-01  -  Fls. 01-03v
Data do documento: 26 de abril de 1863
Transcritor: José Geraldo Begname.
Observações:
1) a grafia, as abreviaturas e os sinais de pontuação foram mantidos como no original;
2) palavras acrescentadas pelo transcritor, para um melhor entendimento do documento, foram inseridas entre colchetes e sublinhadas; 
3) palavras ilegíveis no texto original, cujo sentido textual permitiu sua reconstituição, foram transcritas entre colchetes e sublinhadas.


TRANSCRIÇÃO

[fl. 1]

Szo e Sa [rubrica constante à margem superior direita]

Acta da Instalação da Villa da Ponte Nova

Anno do NaScimento de NoSso1 Senhor Jesus Christo
de mil oito centos e secenta e tres, quadragesimo se
gundo da Independencia e do Imperio aos vinte e
seis dias do mes d’Abril do dito anno, nesta Villa
da Ponte Nova Comarca do Piracicava, Provincia de
Minas Geraes, ao meio dia compareceo na Casa do
ada por Antonio Ildefonso Martins da Silva, a
cabada e mobiliada pelos Cidadãos da Villa e seo
Termo para servir de PaSso da Camara Munici-
pal, o Cidadão Capitão Manoel Francisco de Souza
e Silva Vereador mais votado, e como tal Prezi-
dente da Camara Municipal elleita para este
novo Municipio por ordem da Exma Prezidencia
de doze de Novembro de mil oito centos e secenta
e dous, cuja elleição teve lugar no dia vinte oito
de Dezembro do anno passado nas Parochias de
que se compõem o Municipio: a saber a da Villa
da Ponte Nova, Barra do Bacalháo, Anta, Bar
ra Longa, Santa Cruz, Conceição do Casca,
Jiquiri, Abre Campos, e sendo approvada a
mesma Eleição pelo Exmo Governo da Provincia,
foi por este determinado, que no dia de hoje se ins
talaSse a Villa, e tomaSse poSse a respectiva Camara
Municipal; esta ordem transmitida a Camara
Municipal de Marianna por Portaria de trinta
de Março passado rezolveo este conseder os ditos
Cidadãos Capitão Manoel Francisco de Souza e Silva

[fl. 1v]

para como vereador mais votado por seo Procura
dor prestar juramento e tomar poSse do Cargo de Ve
reador como consta dos officios que adiante vão
copiados; em consequencia o mesmo Vereador mais
votado prestou juramento e tomou poSse perante
a Camara Municipal de Marianna no dia vin
te deste por seo bastante Procurador o Doutor Ma
nuel Faustino Correa Brandão na forma do Decre
to de 22 de Julho de 1833, como consta do documen
to adiante transcripto, e neSsa qualidade compare
cendo o dito Vereador Capitão Manoel Francisco
de Souza e Silva no PaSso da Camara Municipal
e juntamente os mais Vereadores elleitos quais Major
Miguel Martins Chaves, Capitão Antonio Jus
tiniano Gonçalves Fontes, capitão Joaquim Ro
drigues Milagres, Capitão Luis José Pinto Co
elho da Cunha, Capitão Antonio Carlos Correa
Marink[sic], e Sebastião José do Monte, e grande nu
mero de Cidadãos da Villa e Termo, e sendo ahi
foi deferido o juramento pelo dito Presidente a ca
da úm dos elleitos na forma do Art. 17 da Lei do 1º
de Outubro de 1828, e tomando elles assento de um
e de outro lado e sob a Presidencia do mesmo Verea
dos foi por este declarado estar constituida a Ca
mara Municipal e Installada a Villa da Ponte Nova.
Depois deste acto deliberou-se que neste acto
se transcreveSsem todas as ordens e officios respecti
vos a Creação desta Villa, aSsim como se men
cionaSse que foi ellevada a Villa pela Lei Pro
vincial Numero 826 de 11 de Julho de 1857 de
pois revalidada pela Lei Provincial Nº 1:111 de
16 de Outubro de 1861. Copia da Portaria

[fl. 2]

Szo e Sa [rubrica constante à margem superior direita]

Exma Prezidencia. Palacio da Prezidencia da
Provincia de Minas Geraes 30 de Março de 1863
Primeira Seção. Conhecimento pelo officio que V.Mces
dirigirão-me em vinte do corrente mez, que a elleição de
Vereadores da Camara Municipal da Villa da Ponte Nova
correo regularmente em todas as Parachias de que ten
de comporse o novo Municipio, cumpre que V.Mces ex
pessão as precisas ordens para que no dia 26 de Abril
proximo futuro tenha lugar e sua installação na
conformidade dos Decretos de 13 de Novembro de 1832 e
22 de Junho de 1833. Deos guarde a V Mes Jose Jo
aquim Fernandes Torres. Senhores Presidente
e mais Vereadores da Camara Municipal da Cida
de de Marianna Conforme o Secretario Francisco
Lourenço da Costa Garcês o IllustriSsimo Senhor
havendo a Exma Vice Presidencia da Provincia em
Portaria de 30 do paSsado mez de Março designado o dia
26 do corrente para a installação; resolveo a Camara Mun
nicipal disignar o dia 20 do corrente para VoSsa Se
nhoria comparecer por si, ou por seo procurador afim
de impoSsar do cargo de Vereador primeiro votado co
mo tal Presidente da Camara, e depois no dia mar
cado pela Exma Vice Prezidencia deferir juramento
aos mais Vereadores e installar a Vila. A este
officio acompanha a acta de apuração e os voctos a que
procedeo a Camara, o qual servirá a Vossa Senho
ria de Diplomar. Espera a Camara que V. Sa
acuze o recebimento do presente. Deos guarde a V.Sa.
Marianna PaSso da Camara Municipal aos 10 de
Abril de 1863. IllustriSsimo Senhor Capitão Ma

[fl. 2v]

Manoel Francisco de Souza e Silva, o Prezidente An
tonio Vicente Ferreira de Oliveira. O Secretario
Francisco Lourenço da Costa Garcez. = Edital da
Camara Municipal = A Camara Munici
pal da Leal Cidade de Marianna pelo seo
Prezidente abaixo assignado. Faz saber que pres
tou juramento e tomou poSse do Cargo de primei
ro Vereador da Camara Municipal da Villa
da Ponte Nova, e como tal de Presidente da
mesma Camara o Cidadão Capitão Manoel Fran
cisco de Souza e Silva pela pessoa de seo Procu
rador o Senhor Manoel Faustino Correa Bran
dão. E para que seja como tal reconheci
do e poSsa no dia 26 do corrente deferir jura
mento e poSse aos demais Vereadores, e installar
a Villa na forma da Ley, se mandou paSsar
o presente que sera publicado e afixado no lugar
mais publico e do custume indo sellado com o
Sello das Armas do Imperio. Marianna PaSso
da Camara Municipal aos vinte de Abril de 1863
o Prezidente Antonio Jorge Moutinho. O secretario
Francisco Lourenço da Costa Garcês. Sob pro
posta do Vereador Fontes [que se deliberase] que se
participaSse ao Exmo [presidente] da Provincia o  acto
de Installação desta Villa, e ao Exmo Ministro
Secretario de Estado dos Negocios do Imperio
p’ intermedio da Exma Prezidencia, e que se fi
zesse tão bem publico por Editais remetidos
aos Juizes de Pás dos Destrictos do Municipio fi
cando para o dia seguinte tratar da nome
ação dos empregados; foi mais deliberado que to
dos o officios e ordens foSsem emmoSsados[sic]2 archi

[fl. 3]

Szo e Sa [rubrica constante à margem superior direita]

vados para serem conservados3. Do que para cons
tar mandarão fazer o presente auto em que se aSsignão
o Prezidente e mais Vereadores. Eu Antonio Justiniano
Gonçalves Fontes Vereador servindo de secretario que este
escrevi e aSsignei.

O Presdte Manoel Francisco Sza e Sa
Miguel Miz’ Chaves
Luis Jose Pinto Coelho da Cunha
Sebastião Joze do Monte
Antonio Carlos Corrêa Mairink
Joaquim Riz’ Milagre
Antonio Justiniano Gonçalves Fontes

_________________


1-   Nota do tanscritor: o uso de um “S” maiúsculo em palavras escritas com “ss” é uma técnica de transcrição que visa indicar ao leitor o uso de “s” caldado pelo redator, ou seja, o uso de um “s” com calda longa que desce muito abaixo da linha.
2-    Nota do tanscritor: conforme o dicionário de Antonio Moraes Silva (1789), emmassar é o mesmo que juntar em masso. Provavelmente, o secretário da Câmara que redigiu a ata não conhecia exatamente a forma correta de escrita da palavra, uma vez que escreveu “emmossar”. Quanto ao uso de dois “mm” em “emmassados”, trata-se de um sinal de nasalação, já que a letra seguinte é uma vogal; se fosse uma consoante, como em “empossados”, não seria necessário tal sinal de nasalação.

3-   Nota do tanscritor: podemos dizer que o Arquivo Municipal de Ponte Nova (APMPN) nasceu nesse momento, pois define-se como arquivo “o conjunto de documentos produzidos e recebidos por uma instituição no exercício de suas funções”. Portanto, esses foram os primeiros documentos formadores do acervo do APMPN.

quarta-feira, 18 de maio de 2016

HISTÓRIA DA FUNDAÇÃO DE CHOPOTÓ


APRESENTAÇÃO


A série “Fragmentos de histórias” faz parte da política de divulgação do acervo do Arquivo. São pequenas histórias relacionadas à Ponte Nova, provenientes de compilações de textos publicados por terceiros em jornais de época, ou fruto de pesquisa desenvolvida pelo próprio Arquivo.
O propósito é dar visibilidade à informações que, de alguma forma, possam contribuir para a formação de uma memória da cidade e de seu povo.
O texto a seguir foi transcrito de uma publicação de autoria de Maria Auxiliadora Marlière, veiculado no Jornal do Povo, edição nº 1880, de 11/05/1969. Nele a autora conta um pouco da história do distrito de Chopotó.

                                                                                 
HISTÓRIA DA FUNDAÇÃO DE CHOPOTÓ

Simples a fundação de Chopotó, Município de Ponte Nova, antigamente denominado Fazenda do Piranga, às margens do Rio Piranga.
            Pela fazenda do Piranga, propriedade de Manoel Mariano da Costa Lanna, passavam as tropas de burros pertencentes a Venâncio da Costa Lanna que iam em busca de mercadorias no Rio de Janeiro. E numa dessas viagens de volta, veio com acompanhante José de Vasconcellos Monteiro, ficando como professor dos filhos de Venâncio.
            Mais tarde, na fazenda do Piranga, Venâncio, associando-se a seu irmão Capitão Inácio da Costa Lanna e ao Dr. José Mariano Duarte Lanna, fundaram a Usina Açucareira do Piranga.
            Para diretor de vendas do açúcar foi convidado José de Vasconcellos Monteiro, com experiência comercial adquirida em Barra Longa, onde viveu os primeiros tempos e onde recebeu a visita de seu pai e uma de suas irmãs, Emilia de Vasconcellos, que ficou em companhia do irmão, depois da volta do pai a Portugal.
            A usina trouxe o progresso. O caminho de tropas foi substituído pela Estrada de Ferro Leopoldina, inaugurada por D. Pedro II, e a fazenda do Piranga logo se transformou num povoado, onde o Dr. José Mariano Duarte Lanna ergueu uma capelinha para demonstração da fé do povo.
Em virtude da confusão com a cidade do Piranga, o lugar passou a chamar-se Chopotó.
A usina em franco desenvolvimento, sofreu um revés, vindo a falir. Em pagamento da dívida da massa foram as terras da Fazenda distribuídas entre os credores, na proporção de seus créditos.
O povoado do Chopotó passou então a pertencer a Afonso Lanna, Coronel Manoel da Rocha, Prudente Soares, Francisco Avilino, José de Vasconcellos Monteiro e José Félix da Silva e as terras estavam todas em comum. Mais tarde Afonso Lanna vendeu sua parte a Afonso de Vasconcellos Monteiro.
Por haver o Sr. Francisco Avilino invadido as terras, tirando madeira indevidamente, o Sr. Afonso de Vasconcellos requereu a divisão judicial das mesmas, sendo o agrimensor dr. Nóbrega.
Antes dessa compra chegou a Chopotó o português Manoel de Souza, que, estando no Rio de Janeiro, empregou-se na Estrada de Ferro Leopoldina e veio de turma em turma até o citado lugar, onde ficou sendo o feitor, conhecendo a Emilia de Vasconcellos, com a qual casou-se, recebendo como presente de núpcias do irmão da noiva, uma quarta de terras e uma casa dentro do arraial, que mais tarde ficou pertencendo ao filho único do casal – José de Souza Vasconcellos.
O Sr. José de Vasconcellos, deixando então a usina, passou a ser comerciante, cuja casa de comércio, com o correr dos tempos, passou a ser dos srs. Afonso e Caetano de Vasconcellos.
Em um dos prédios do povoado funcionava a escola, sendo uma das primeiras professoras Dona Jovita, o professor Antonio Lopes Camelo e sua Sra., vindo depois a professora Maria Vitória, filha do Coronel Rocha, formada pela Escola Normal Nossa Senhora Auxiliadora, de Ponte Nova.
Todas as filhas de Afonso Vasconcellos e as de Joaquim Saraiva, que também residiam no arraial, contribuíram como professoras para o engrandecimento do Chopotó.
Afonso de Vasconcellos fundou a Banda de Música local, conhecida por “Lira de Chopotó”, aproveitando a experiência musical de Juca Toné e a regência de José de Vasconcellos Monteiro, que era músico e compositor.
Dos componentes da Banda, só existem os Srs. Felício Vasconcellos, Antonio Francisco Pedreira e Venâncio dos Reis.
A Sr. José de Vasconcellos e Afonso de Vasconcellos incumbiram-se da primeira reforma da Capela de Nossa Senhora do Carmo e do Abrigo de São Vicente de Paulo, angariando esmolas. Ao lado da Igreja temos também o Cemitério, mandado construir por Dr. José Mariano Duarte Lanna.
No alto da pedreira, atrás da Igreja, para abençoar a terra tão querida, existe um Cruzeiro, chamado Cruzeiro do Sul, que com suas lâmpadas multicores ilumina as noites tranqüilas do arraial, um quadro de São Vicente, uma estrela do oriente, cujos autores foram: Rozildo Azevedo, João de Souza Lima, José de Souza Vasconcellos, Manoel Ladislau e Vitório Superbi.
Esta é, em traços ligeiros, a história do Chopotó, que se tornou famosa desde a visita de D. Pedro II e que vem integrando como membro ativo da comunidade de Ponte Nova.
Esse trabalho foi idealizado pelo Sr. José de Souza Vasconcellos e redigido pela Sra. Maria Auxiliadora Marlière, ex-professora do Grupo Escolar Otávio Soares de Ponte Nova e atual professora em Chopotó.
Foi executada pelo Coral da Banda de São José de Barra Longa, composição de José Vasconcellos Monteiro, duas valsas: Zeta e Maria Vasconcellos.
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Transcrito por: José Geraldo Begname



IMAGEM 1: Igreja católica do distrito de Chopotó. Setembro de 2015.
Visita dos alunos da escola municipal João Guimarães ao distrito de Chopotó. Uma atividade do projeto de educação patrimonial, desenvolvido pela Secretaria Municipal de Cultura, em parceria com a escola.




IMAGEM 2: Planta de Situação demonstrando a posição geográfica da estação do Chopotó.





IMAGEM 3: Facha principal da estação Chopotó, na época de sua construção.




IMAGEM 4: Ao fundo estação do Chopotó. Setembro de 2015.
Visita dos alunos da escola municipal João Guimarães ao distrito de Chopotó. Uma atividade do projeto de educação patrimonial, desenvolvido pela Secretaria Municipal de Cultura, em parceria com a escola. 





IMAGEM 5: Planta baixa da estação demonstrando a divisão interna da edificação. Observe que a estação era provida de estrutura para moradia do agente da estação.

INAUGURAÇÃO DA ESTAÇÃO FERROVIÁRIA DE PALMEIRAS


APRESENTAÇÃO

A série “Fragmentos de histórias” faz parte da política de divulgação do acervo do Arquivo. São pequenas histórias relacionadas à Ponte Nova, provenientes de compilações de textos publicados por terceiros em jornais de época, ou fruto de pesquisa desenvolvida pelo próprio Arquivo.
O propósito é dar visibilidade à informações que, de alguma forma, possam contribuir para a formação de uma memória da cidade e de seu povo.
O texto a seguir foi transcrito de uma publicação veiculada no Jornal Gazeta da Mata, Ano IV, edição nº 165, pág. 1, de 08 de maio de 1955.



INAUGURADA A NOVA ESTAÇÃO DE PALMEIRAS


Centenas de pessoas presentes ao ato – Acompanhado de vários
auxiliares, compareceu o dr. Almir Maciel, administrador
geral da Leopoldina – Banquete e discursos


Domingo útimo, 1º de maio, teve lugar a inauguração da nova estação do bairro de Palmeiras, da Estrada de Ferro Leopoldina. O ato, que se revestiu de singular brilhantismo, realizou-se às 11 horas, com a presença de elevado número de pessoas e com o comparecimento do dr. Almir Maciel, administrador geral daquela ferrovia, e dos srs. dr. Reidar Knudsen, chefe do departamento da Via Permanente; dr. João Amaral Aguiar, chefe dos Transportes e Ernani Silveira, chefe do Tráfego, que aqui vieram especialmente para tal fim.
Inicialmente falou o dr. Almir Maciel, entregando a estação ao público. Em seguida o prefeito João de Carvalho, congratulando-se como o povo e saudando o dr. Almir Maciel.
A Corporação musical “União 7 de Setembro” emprestou maior realce à solenidade, executando bonitas peças do seu repertório

Banquete

Em seguida, na sede social do Esporte Clube Palmeirense, teve lugar o banquete que o ex-prefeito Helder de Aquino ofereceu ao dr. Almir Maciel e a sua comitiva, comparecendo ao mesmo figuras as mais expressivas de nossa sociedade. Durante o ágape, que transcorreu em ambiente de grande cordialidade, fizeram-se ouvir os seguintes oradores: Antonio Simeão de Carvalho, Augusto Mendes Filho, pela Associação Comercial de Ponte Nova; ex-prefeito Helder de Aquino, em cuja administração foi construída a estação de Palmeiras; dr. Reinaldo Alves Costa, Augusto Rodrigues Seabra, dr. João Cataldo Pinto, engenheiro residente do DER; Acir Vieira Viana, que falou em nome dos ferroviários e ao mesmo tempo agradecendo ao povo a acolhida dispensada ao administrador da Leopoldina e a sua comitiva; Romeu de Albuquerque Moreira, presidente da Câmara Municipal, que o fez como representante do povo de ponte Nova, tendo, na oportunidade, lembrado ao dr. Almir Maciel a necessidade de autorizar a construção, em Palmeiras, dos armazéns destinados à importação e exportação de mercadorias e fixadas, na nova estação, a saída e chega dos trens expresso e noturno, que ligam Ponte Nova ao Rio de Janeiro.
Por último falou o dr. Almir Maciel, num belo discurso de agradecimento, reiterando a promessa de que tudo fará para atender às justas aspirações do povo pontenovense.
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Transcrito por: José Geraldo Begname



     
IMAGEM 1: Fachada da estação de Palmeiras. A planta é de 1988, mas sua construção data de maio de 1955.



        IMAGEM 2: Fachada lateral da estação ferroviária de Palmeiras.